A primeira-dama Gracinha Caiado certamente poderia ter evitado a constrangedora e até agora inexplicável foto publicada pelo Popular no último sábado, 10, em que ela aparece saindo de um jato Dessault Falcon apreendido pela Polícia Civil durante a Operação Ícarus de combate ao tráfico de drogas.
Deslumbrada com o poder, no entanto, Gracinha, ao invés de fugir, correu para a armadilha. Desde que Ronaldo Caiado (DEM) assumiu o mandato, em 1.º de janeiro, a primeira-dama promove uma agenda tão frenética quanto improdutiva, substituindo, muitas vezes, o próprio marido e titular do cargo nos compromissos oficiais.
A pressa em aparecer, em ser fotografada e ver seu nome e imagens estampados na imprensa e nas redes sociais, abre caminho para episódios como esse.
Se tivesse o mínimo de humildade, a família Caiado poderia aprender com o caso, quem sabe dosando um pouco mais a vontade de aparecer.
Como se viu, a primeira-dama preferiu jogar a culpa no Popular a atentar contra a liberdade de imprensa. É o efeito do velho ditado segundo o qual “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”.