O depoimento do diretor-executivo da Adial Goiás, Edwal Portilho, o Chequinho, nesta segunda-feira (26) não convenceu os integrantes da CPI dos Incentivos Fiscais. Além de não responder, ele ainda censurou a CPI por causar impactos negativos no mercado.
Chequinho foi evasivo nas respostas e, segundo um deputado da comissão, “encheu linguiça e citou números ao leo o tempo todo para fugir das perguntas”. Foi só trololó, resumiu o parlamentar
Ele negou ter sido procurado por parlamentares para tratar de propina e de ter feito comentários depreciativos sobre deputados. Não colou porque o deputado Talles Barreto (PSDB) tem armazenado no seu telefone celular print da conversa de Chequinho num grupo de WhatsApp difamando os integrares da CPI.
Já o deputado Henrique Arantes (PTB), questionou Chequinho sobre qual era o nome de sua indústria. Ele respondeu que não tinha nenhuma, o que soou estranho ao parlamentar, que achava que ele era dirigente classista por estar no topo da Adial,
Arantes perguntou se ele era lobista e o diretor-executivo confessou pateticamente que sim, inclusive fazendo uma defesa mal encaixada da legalização do lobby no Brasil.
Chequinho também atacou o governador Ronaldo Caiado (DEM) e afirmou que Goiás vive momento de insegurança jurídica com o novo governo e disse que isso prejudica a atividade industrial e a atração de novos investimentos.
O diretor-executivo da Adial disparou ainda que os incentivos fiscais, ao contrário da visão de Caiado, são uma forma de atrair investimentos, gerar empregos e aumentar a riqueza do estado.
Chequinho assinalou, por fim, que a CPI instalada na Assembleia causa impactos negativos, principalmente quando cita empresas que possui ações na bolsa, que possuem compliance e todo regramento. “Mercado é especulação”, sublinhou, numa censura velada à comissão.
A declaração de Chequinho motivou licão de moral do relator da CPI, Humbertor Aidar, que destacou o papel de fiscalização exercido pelos deputados.
Enfim, mais um desastre.