segunda-feira , 25 novembro 2024
Sem categoria

“Vai destruir a carreira (dos professores)”, diz Bia ao Diário de Goiás sobre decisão de Caiado de não pagar o piso

Governo de Goiás e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) não chegaram a um acordo sobre as demandas da categoria em reunião realizada nesta segunda-feira (9). Os pedidos foram apresentados pela presidente da entidade, Bia de Lima, como contrapartida à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que inclui a Universidade Estadual de Goiás (UEG) nos 25% de vinculação constitucional para a educação.

Os professores tentaram negociar junto ao governador Ronaldo Caiado (DEM) o pagamento do piso salarial do magistério, que teve valor reajustado para R$ 2.557, 74 em janeiro deste ano. Em entrevista ao Jornal ‘O Popular’, a presidente do Sintego relatou que o governador estava inflexível quanto à proposta do sindicato.

“O governador não quer reajustar o piso para toda a categoria, só para os que ainda não recebem, o que não atinge 3% dos professores. Não vai garantir a data-base. Não vai fazer as progressões. E ainda quer que a gente engula a redução da vinculação. É o caos absoluto. Ele só quer que a gente acate os interesses do Executivo, sem dar nada em troca. E vai destruir a carreira, porque quando não concede para todos, há um achatamento e o piso vira teto”, disse Bia.

Na reunião, Caiado foi acompanhado pela secretária de Economia, Cristiane Schmidt, os presidentes do TCE, Celmar Rech, do Tribunal de Justiça, Walter Carlos Lemes, do Ministério Público, Aylton Vechi, e da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB). “Entrou amparado. Ficou o Sintego sozinho para contrapor a secretária e os presidentes de poderes. O governo quer ajustar as contas nas costas dos professores”, disse Bia.

A PEC da Educação tem previsão para ser votada em primeiro turno nesta terça-feira (10). O Sintego já declarou que acompanhará a sessão plenária que deve apreciar a matéria e informou que deve realizar assembleia para definir ações da categoria em caso de aprovação da PEC. De acordo com Bia de Lima, uma greve não está descartada. (Diário de Goiás)