O presidente da Câmara de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Patriota), afirmou na sessão plenária desta terça-feira (17) que a mesa diretora enviará à Polícia Civil e ao Ministério Púlico Estadual (MP-GO) pedido de abertura de investigação sobre os critérios utilizados pela Prefeitura para a inclusão de áreas no projeto do Plano Diretor enviado para apreciação do Legislativo. Em pronunciamento na tribuna, Policarpo disse que os vereadores passaram a sofrer pressão e ameaças após o início da tramitação da matéria.
“Estão dizendo por aí que vereador que fizer mudança no Plano Diretor vai ser preso. São bandidos que estão dizendo isso”, disse Policarpo. “É o que estão dizendo por aí em cartórios e entre marginais e alguns bandidos que resolveram tudo dentro do Plano Diretor e agora ficam aqui nos corredores da Câmara Municipal abordando vereadores, ameaçando vereador. É isso que está acontecendo. Temos vereadores sendo ameaçados e isso essa Casa não vai aceitar”, afirmou.
“A mesa diretora, já que existe esse tipo de ameaça, enviará ao Ministério Público e à Polícia Civil, pedido de apuração de como esse Plano Diretor foi feito e como e por quê algumas áreas e alguns locais foram gabaritados”, disse ainda Policarpo. A proposta de Lei Complementar do Plano Diretor está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A presidente da comissão, Sabrina Garcêz (sem partido), disse que o relatório excluirá os trechos que incluem novas áreas na expansão urbana.
“Analisando a proposta, encontramos várias irregularidades, vários problemas. Recebemos um Plano Diretor fraco, que não prevê o desenvolvimento econômico desta cidade. Acho que devemos devolver esse plano para a Prefeitura, para que ela refaça a proposta e mande outra para apreciação da Câmara”, disse Sabrina Garcêz. “O Plano Diretor tem de ser debatido da forma mais pública e justa possível”, disse a presidente da CCJ.