Presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social, o deputado Gustavo Sebba (PSDB), promoveu audiência pública nesta terça-feira (17) com enfermeiros, técnicos em enfermagem e representantes da classe dos trabalhadores na saúde do estado de Goiás para discutir a transição da Organização Social (OS) no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo).
Os trabalhadores temem demissões em massa, redução de salário e o aumento da carga horária além de cobrarem mais transparência sobre a troca de OS que está prevista para o dia 31 de outubro. Foi convocada uma assembleia na próxima sexta-feira (20) para deliberar sobre uma paralisação dos trabalhadores na unidade de saúde.
Sebba assinalou que a decisão a ser tomada pelos médicos e enfermeiros do Hospital de Urgência de Goiânia será reiterada e respeitada pela Casa. “Essa Comissão está aqui para ouvi-los e mediar, no que for possível, para que a situação seja normalizada”, comentou.
O deputado, que também é médico, criticou a atuação do governo estadual em áreas prioritárias como a Saúde e a Educação. “Na semana passada, esta Casa votou um projeto que retirou 2% das nossas crianças. O orçamento da Educação que era de 25% mais 2% da Universidade Estadual de Goiás (UEG), passou a ser 25% para os dois. Isso representa uma perda de milhões de reais para a Educação”, criticou.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, afirmou que representantes dos trabalhadores do Hugo se reuniram com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas) na manhã desta terça-feira, 17. “O governador foi eleito para resolver o problema. Não se resolve o problema na saúde colocando o ônus nas costas do trabalhador e, muito menos nas costas do cidadão que paga os seus impostos”, afirmou.
A carga horária dos enfermeiros e técnicos em enfermagem é de 12 horas trabalhadas e 48 de descanso. Os trabalhadores afirmam que além do aumento desta carga horária para 12 horas trabalhadas e 24 de descanso a nova OS que administrará o Hugo pretende reduzir os salários da classe. “Isso é um absurdo e instransponível. É preciso mais transparência nessa transição e mais segurança para o trabalhador”, explicou a presidente do Sindsaúde.
Participaram da audiência pública a presidente do Sindicato dos Trabalhadores (as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, o diretor do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Ricardo Furtado, a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) Dr. Franscine Leão, Wesley Franco, jurídico do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás e representante do Hugo, Gersica Sampaio.