O Jornal Argumento, editado pelo jornalista André Marques, publicou reportagem sobre a rejeição dos pré–candidatos a prefeito de Goiânia ao apoio do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Entre os motivos da rejeição apoio estaria a ojeriza dos funcionários públicos devido a medidas duras que retiraram conquistas por parte do governo Caiado.
Leia a íntegra da matéria:
“Dos 11 pré-candidatos à prefeitura de Goiânia, o Jornal Argumento conversou com cinco dos potencialmente capazes de disputar a cadeira do executivo goianiense. Apenas o atual prefeito Iris Rezende não foi ouvido por ainda não ter anunciado a candidatura. Todos os cinco pré-candidatos pediram para não divulgar os nomes, isto porque o governador seria perseguidor e vingativo. Outra razão seria a direção dos partidos não terem definido ainda os prováveis nomes.
Todos foram unânimes em dizer que a figura do governador, com alta rejeição em Goiânia, acabaria tirando votos dos candidatos. Deram como exemplo a questão da demissão sem critérios dos comissionados, o atraso de seis meses do pagamento do mês de dezembro e 13º salário, os cortes na educação e na saúde. As péssimas condições das estradas estaduais são outro desgaste do governador e que irá colar na imagem do candidato. Outro pré-candidato disse que “as maldades que Caiado fez contra os servidores fez com que a classe repudiasse a postura do Governador.
Hoje temos aproximadamente 180 mil servidores no Estado e grande parte não perdoou as ações do governador. Em 1982, isto há mais de 30 anos, o então governador Iris Rezende demitiu milhares de servidores nos primeiros dias de governo. Até hoje Iris ficou com a imagem desgastada diante do funcionalismo publico.
Até o momento apenas o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha fez elogios ao governador em evento realizado recentemente no município. Mas nos bastidores assessores disseram que tudo foi uma questão de formalidade e que o prefeito também não quer o apoio de Caiado à reeleição dele.
Caiado poderá ainda prejudicar os candidatos nos mais de 240 municípios, onde o DEM tem 11 pequenos municípios, a exceção de Minaçu. “Até o momento o governador não recebeu prefeitos que fizeram parte da base e quando recebe não atende os pedidos feitos”, lamentou o presidente de um grande partido.
O efeito Caiado também poderá tirar de muitos candidatos a ligação entre o concorrente e o governador. Em toda eleição municipal, o governador interfere direto na formação da bancada do Legislativo. Caiado irá atrapalhar esta formação e dificilmente o DEM fará um bom número de vereadores.
O maior problema é que Caiado até agora não disse a que veio e a forma truculenta de administrar o Estado dificilmente mudará.”