O editor do Jornal Opção, Euler de França Belém, criticou em nota na coluna Imprensa o jornalismo preguiçoso do Popular. Ele cita matéria sobre investigação policial, na qual uma das partes citadas deixou de ser ouvida porque “não usa telefone celular”. Belém conclui a nota perguntando: “O Popular está dizendo à sociedade que, se a pessoa não tiver celular, não será ouvida pelos repórteres?”
Leia a íntegra da nota do editor do Opção:
“Repórter de O Popular não quer sair da redação para ouvir o outro lado?
Alguns repórteres não querem mesmo sair do conforto das redações. Uma sala com ar-condicionado de fato é mais prazerosa. Escapar da chuva também é uma maravilha.
Na reportagem “Deputado pede investigação de Kennedy Trindade”, a repórter Karla Araújo conta que o deputado estadual Henrique Arantes, do MDB, cobra investigação de ligação do conselheiro do Tribunal de Contas num suposto esquema financeiro na Agência de Comunicação de Goiás (Agecom) durante o governo do PSDB. No final da matéria assinala: “O advogado de Kennedy, Edivaldo Cardoso, disse que ainda não foi notificado sobre o requerimento [de Arantes]. ‘O Popular’ solicitou ao advogado o contato do conselheiro, mas foi informado que Kennedy não tem telefone celular”. Tudo bem?
Ora, Kennedy Trindade trabalha no Tribunal de Contas do Estado todos os dias e, como se sabe fora da redação de “O Popular”, o órgão dispõe de vários números de telefone — o que possibilita contato com qualquer um dos conselheiros. Mais: a sede do TCE fica, se muito, a dois quilômetros da sede do jornal.
“O Popular” está dizendo à sociedade que, se a pessoa não tiver celular, não será ouvida pelos repórteres?”