A demissão da chefe do setor de licitacão da secretaria da Casa Militar, Quéren Hapuque, ordenada pelo governador Ronaldo Caiado depois da denúncia da licitação de R$ 600 mil para a compra de camarão e lagosta para abastecer o Palácio das Esmeraldas, é um desses atos de crueldade e transferênca injusta de responsabilidade.
A chefe de licitação não inventou a despesa e, com certeza, não agiu pela própria cabeça. Um superior dela determinou a abertura da licitação, o secretário da Casa Militar, que, por sua vez, atendeu pedido de alguém de dentro do palácio, possivelmente o próprio o governador ou pessoa próxima, como a primeira-dama.
Ou seja, a demissão de Quéren Hapuque é uma tremenda injustiça e revela que Caiado não mede consequëncias para salvar as aparências, mesmo que, para isso, inocentes sejam sacrificados.