A manhã desta segunda-feira caminha para ser histórica em Goiânia. Liderado pelo presidente estadual Daniel Vilela, o MDB vai desembarcar oficialmente da gestão do prefeito Rogério Cruz. Ao todo, são 19 auxiliares que deixam a prefeitura de Goiânia e, assim, encerram história iniciada por Maguito Vilela na campanha de 2020. A renúncia coletiva dos emedebistas marca a desvinculação total do MDB da prefeitura de Goiânia, agora concentrada nas mãos de integrantes do Republicanos.
É um dos movimentos políticos mais bruscos da história de Goiás, seja pelo simbolismo – visto que o MDB ainda é o maior partido do Estado -, seja pela rapidez, pois são apenas três meses de um governo do prefeito que havia prometido dar sequência ao plano de gestão idealizado e montado por Maguito e equipe.
No manifesto que será divulgado pelo MDB, vai ficar evidente a decepção do partido com os rumos que Rogério Cruz e aliados deram ao Paço. A prefeitura, antes marcada pelas digitais de Iris Rezende, Maguito e outros cardeais do MDB, agora começa a ser ocupada por estrangeiros: o principal secretário Artur Bernades veio de Brasília. Para a Comurg será importado um alagoano.
Nos bastidores, emedebistas garantem que outros decretos estão prontos para conceder ainda mais poder aos novos auxiliares de Cruz. A gestão deve ficar centralizada nas mãos de apenas quatro secretários, todos eles ligados de alguma forma à Igreja Universal, que é quem manda no Republicanos.