O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, atribuiu o crescimento da atividade industrial de 1,6% apontada pelo IBGE em março em Goiás à ousadia do empresariado goiano. “Sempre disse que os nossos empresários são muito arrojados e estão acima da média no Brasil”, assinalou Mabel. Goiás ficou entre os seis estados que tiveram variação positiva no país.
De acordo com o dirigente da Fieg, a indústria goiana teve a vantagem de ter conseguido se manter ativa por mais tempo na pandemia justamente por não dar o braço a dar e ter um forte espírito de luta.
“No ano passado, o governo estadual iria fechar as indústrias em março, brigamos para manter aberta, conseguimos primeiro só o essencial e depois a cadeia de fornecimento. Mas em outros estados as indústrias foram fechadas”, observou.
Mabel analisa que há ainda muitas incertezas no mercado. “Este ano não está do mesmo jeito, produzimos mais, só que o jogo igualou: ainda temos crescimento, mas podemos cair”, disse.
O líder classista afirma também que, apesar do governador negar, há falta de diálogo constante do governo com os empresários para alavancar setores, o que fez as entidades que compõem o Fórum Empresarial se unirem para a industrialização em regiões como o Nordeste goiano.
“Fizemos um grupo de trabalho para industrializar mais, o que deveria ser um trabalho do governo”, conscluiu, referindo-e à união de esforços para convergir indústria e agricultura, comércio e cooperativas.