Entre 8 e 14 de maio, a redução no índice foi de 32%. Na semana seguinte, a ocupação dos leitos públicos de UTI se manteve em movimento de baixa, com queda de 13%.
Na comparação com as duas primeiras semanas de março, em que o município seguiu o isolamento social horizontal, o cenário atual nas UTIs públicas Covid é bem diferente.
Dos dias 1º a 8 de março, o grau de ocupação dos leitos saltou 2,3%, de 86% para 88%. Na semana seguinte, a elevação foi maior, de 6,8%, ficando com 94% das UTIs em uso.
Hoje, além da redução na ocupação das UTIs públicas, Aparecida vê cair também o número de casos ativos e de novos casos registrados a cada 24 horas.
Entre os dias 1º e 20 de maio, houve recuo de 5,3% no número de casos ativos, baixando de 853 para 807 pacientes em tratamento. E na análise dos novos casos diários, a Prefeitura de Aparecida apurou que o índice regrediu 6,4% neste mesmo período.
“Acredito que esses resultados são fruto tanto do escalonamento regional, que tem 98% de adesão da população, quanto da testagem em massa, que é um modelo bem-sucedido na Coreia do Sul e que implementamos aqui para somar em nossas estratégias de combate à Covid-19”, comenta o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha.
O boletim epidemiológico desta quinta-feira (20) aponta que Aparecida já realizou mais de 276 mil testes RT-PCR, considerado padrão ouro no diagnóstico de Covid-19.
80 dias de escalonamento
Em 15 de março, quando começou o escalonamento regional, o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informava que 94% das UTIs públicas para Covid estavam ocupadas. O boletim desta quinta-feira, 20 de maio, informa que a taxa de ocupação é de 33%.Nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim da SMS de Aparecida, foram registradas quatro mortes pela doença. Em 15 de março, quando começou o escalonamento regional foram registrados nove óbitos.
“O monitoramento dos casos ativos e ampliação dos leitos hospitalares também levam a cidade a ter uma das menores taxas de letalidades do país”, acrescenta Gustavo.
O prefeito de Aparecida reforça que o bom resultado do escalonamento é fruto do trabalho do Comitê local e da adesão da população. “O modelo de Aparecida foi construído com base na técnica e na ciência e com diálogo com toda a sociedade, sem imposição, sem autoritarismo”, salienta o gestor.
Segundo o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, o impacto do escalonamento social intermitente está refletido nos números da cidade. “Estamos com a taxa de transmissão, conhecida como ‘R’, em 0,83. Há pelo menos um mês estamos com essa taxa abaixo de 1, que é o recomendado”, afirma.
O gestor também defende a testagem em massa como estratégia exitosa: “Com ampla testagem por meio do RT-PCR conseguimos diagnosticar precocemente, isolar e tratar os doentes, ter um cenário da pandemia e quebrar a cadeia de transmissão. Mas não se esqueçam que a pandemia continua. O uso da máscara segue obrigatório. Pedimos ainda que não relaxem nas medidas de distanciamento”.