Os vereadores de Goiânia defenderam a posição do prefeito Rogério Cruz de suspender o contrato de R$ 780 mi com a Caixa Econômica Federal, assim resguardando possíveis perdas nas finanças do município.
De acordo com a prefeitura de Goiânia, esse empréstimo seria usado no recapeamento asfáltico de mais de 600 km de ruas e avenidas da cidade, financiaria obras de infraestrutura por toda capital e que faz parte do programa de financiamento à infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), assinado ainda na gestão de Iris Rezende.
O debate referente ao assunto ocorreu na sessão na Câmara de Vereadores de Goiânia, desta quarta-feira (30). A vereadora Sabrina Garcez (PSD) explicou seu posicionamento contrário a esse empréstimo.
“A primeira coisa que eu apontei foi a venda casada da folha de pagamento para a Caixa, por um valor muito abaixo da expectativa, fazendo a prefeitura a tomar prejuízo”, disse Sabrina.
Outro ponto de vista defendido pela vereadora que seria prejudicial para a prefeitura se não cancelasse o empréstimo, é o aumento da taxa Selic, hoje em 3,5%, desta forma, segundo ela, a prefeitura pagaria juros altos.
“E hoje nós estamos vendo, com essa crise econômica, o terceiro aumento consecutivo da taxa Selic. O que faz o pagamento de juros ser inimaginável”, completou.
Para o vice-presidente da Câmara, Clécio Alves (MDB), os argumentos da vereadora Sabrina são os mesmos dele, pois a atitude de Rogério Cruz foi benéfica para a saúde financeira de Goiânia.
“O prefeito Rogério Cruz está administrando com responsabilidade, seriedade e otimizando recursos do município. Portanto, tem todo o meu apoio o rompimento do contrato”, salientou.
O vereador Sargento Novandir (Republicanos) concordou com a fala de Sabrina Garcez e ressaltou a coerência da parlamentar que critica o que dev ser criticado e elogia o que é certo, inclusive este assunto do empréstimo.
“Na gestão passada, a vereadora fazia críticas sobre o que entendia não estar correto na administração, e hoje ela vem elogiar o prefeito Rogério Cruz porque, realmente, ele faz um trabalho de excelência, e, partido da senhora esse reconhecimento pelo prefeito, cada vez me sinto mais na obrigação de estar ao lado dele”.
O vereador Thialu Guiotti (Avante) foi mais crítico à gestão anterior, responsável pela elaboração do empréstimo. O parlamentar provocou o MDB e questionou se houve dolo ou culpa neste documento.
“O que me preocupa é saber que na gestão do MDB foi assinado um contrato horroroso como esse. A pergunta é, saber se foi um empréstimo doloso ou culposo, porque a partir do momento que se faz um empréstimo, que quem vai pagar é o contribuinte, com carga de juros e taxas altíssimas como essa, o que aconteceu na gestão passada?”, indagou, salientando que ações como a que foi tomada por Rogério Cruz, deveriam ter sido tomadas lá atrás”.
Outro vereador que defendeu o cancelamento do empréstimo e ressaltou o discurso de Sabrina nessa linha de defesa do dinheiro público foi Marlon Teixeira (Cidadania).
“A vereadora, sempre com grandeza, fez a defesa e explicou muito bem sobre esse processo, e parabenizar o prefeito e o secretário Geraldo”, disse.
