(Matéria do site Poder Goiás)
Com saldo positivo de R$ 200 milhões nos primeiros meses do ano, o ministério da Economia elevou para R$ 29,3 bilhões a projeção de superávit primário dos estados e municípios neste ano. São os dados divulgados pela coluna Sagres em Off, do jornalista Rubens Salomão. O número bem acima da meta indicativa, já mostrava uma expectativa favorável para os governos regionais, um superávit de R$ 22,7 bilhões.
Goiás puxa a fila da recuperação nos estados e tem o terceiro maior aumento na arrecadação, de acordo com números apurados entre janeiro e abril deste ano.
O bom desempenho fiscal verificado até maio, em que o saldo acumulado em 2021 até maio chegou a R$ 40,7 bilhões (de acordo com o Ministério da Economia), foi um dos motivos para a revisão.
O quadro tem sido impulsionado pela disparada na arrecadação do ICMS e pela contenção de gastos com pessoal determinada pela Lei Complementar 173, aprovada em meio à pandemia e que congelou os vencimentos dos servidores dos entes até o fim do ano.
Em média, a receita dos estados subiu 13,5%, bem acima do IPCA do período, que ficou em 2,4%. As maiores altas ocorreram em Roraima (31%), Piauí (25%), Goiás (24%) e Espírito Santo (24%). As despesas subiram apenas 2,6% no dado agregado dos Estados.
O Ministério da Economia aponta que o ICMS, que também é compartilhado com as prefeituras, tem forte expansão no primeiro semestre, impulsionado pelo avanço das commodities, a alta da inflação interna e o próprio crescimento econômico. Além disso, o tributo tem forte peso em combustíveis e energia, itens com preços em alta este ano.