terça-feira , 16 julho 2024
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Lúcio Flávio e Lara tentam proibir voto online na eleição da OAB

O presidente da OAB de Goiás, Lúcio Flávio, e seu candidato Rafael Lara, trabalham para proibir o voto online na eleição para a nova direção da OAB, que será realizada em novembro, mesmo com o Conselho Pleno da OAB Nacional aprovando a nova modalidade de voto na sessão da última terça-feira.

Principal pré-candidato da oposição, Pedro Paulo de Medeiros diz que a postura da direção da OAB “é elitista e antidemocrática”. Pedro Paulo, que já havia solicitado a realização de eleições online desde abril, afirma que essa modalidade dá mais segurança sanitária à advocacia, em função da pandemia, e seria “mais ampla e participativa”.

Na condição de presidente da Ordem, Lúcio Flávio já havia negado pedido feito em abril por Pedro Paulo. Na ocasião, Lúcio Flávio argumentou “falta de segurança” e “falta de necessidade”, por prever que a Pandemia já estaria sob controle. Os dois argumentos do presidente caíram por terra. A pandemia continua grave e o próprio pleno da OAB nacional passou a recomendar eleição online.

Com a decisão da OAB Nacional, de cara, cinco seccionais já definiram por eleição online: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e Maranhão. Outros estados devem aderir à nova modalidade. Em Goiás, com o respaldo de Rafael Lara, candidato situacionista que também se posicionou contrário, Lúcio Flávio tende a vetar a eleição online.

“Em virtude da pandemia, pedi a OAB que realize a eleição de forma online e que permita aos colegas com débitos pendentes a participação na escolha do nosso próximo representante”, disse Pedro Paulo. “Fazer diferente disso é limitar o voto aos advogados mais ricos, é fazer uma eleição antidemocrática”.

Líder nas pesquisas para a presidência da OAB em Goiás, Pedro Paulo vai mais longe:

“A decisão da direção da OAB retrata o medo de uma nova mudança, um desejo que cresce a cada dia na advocacia goiana”, afirmou. “O voto não pode ser privilégio de uma casta favorecida. Da mesma forma que a OAB não pode ser usada como instrumento de poder para manutenção de privilégios de meia dúzia”, disse.