sábado , 23 novembro 2024
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Fieg consegue flexibilização do FCO para financiamento de caminhões e furgões

Em reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE) do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), realizada terça-feira (31/08), no espaço InovaCoop, no Jardim Goiás, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) conseguiu aprovação para flexibilizar a Resolução CDE/FCO 003/2021 de 26/02/2021, que se refere à suspensão dos financiamentos de caminhões e furgões pelo programa FCO Empresarial nos municípios goianos. A entidade foi representada pelo conselheiro Pedro Alves e pelo economista Cláudio Henrique Oliveira.

O ofício enviado pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel, ao presidente do Conselho, César Augusto Moura, reitera as várias demandas recebidas pela Federação de empresários do setor de transportes que pleiteiam o financiamento de caminhões/furgões para dinamizar e melhorar a logística de distribuição da produção de diversos setores da economia goiana.

O documento pontua que as alterações são cruciais para incrementar o valor aplicado, aumentar a assistência ao menor porte, em especial em suas especificidades, bem como financiar o crescimento econômico de todo o Estado de Goiás.

“Considerando que dentre as diretrizes do Fundo, há o compromisso de atendimento aos proponentes de menor porte, e tendo verificado que até 30/06/2021 apenas 35% para o FCO Empresarial foram efetivamente aplicados, propomos a edição da Resolução, autorizando o financiamento de até 3 (três) caminhões/furgões por CNPJ e/ou permitindo o financiamento de tais itens para empresas pequeno porte”.

A solicitação apresentada pela Federação e aprovada pelos conselheiros vai impactar toda a cadeia de suprimentos da indústria e comércio. A retomada da economia e ajuda aos empresários tem sido amplamente defendida pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel.

Segundo o economista da Fieg, Cláudio Henrique, o FCO é um importante instrumento de recuperação das atividades goianas. “A dinamização das operações e a destinação mais dirigida tem sido a marca deste ano. As cartas-consultas aprovadas em 2021, até julho, mostram que houve contratação do FCO Rural da ordem de R$ 1,1 bilhão e R$ 399,2 milhões para o FCO Empresarial. Do total orçado, 1,98 bilhão, já houve a contração de 1,53 bilhão, de janeiro a julho. Cabendo destaque ao setor rural”, salientou.

No ano, a indústria tem 70 contrações e representa 8,01% do FCO empresarial. Enquanto isso, comércio e serviços registraram 768 contratações, equivalentes a 87,87% do total. Do total de operações no ano, 4.601, ou 81%, pertencem ao FCO Rural (3.727) e 19% ao Empresarial, com 874 operações, segundo consta no relatório de informações gerenciais do FCO/BB.

Quanto ao volume de recursos, verifica-se que, proporcionalmente, a indústria contrata valores maiores. Do total contratado do FCO Empresarial (R$ 399,2 milhões), o qual representa 26,1% das contratações totais, 30,28% foram da indústria – R$ 120.892 milhões. Nesta mesma base de comparação, verifica-se que comércio e serviços contrataram R$ 263.164 milhões, equivalentes a 65,92% do total.

O relatório gerencial informa que quanto a empregos gerados/mantidos, houve 46.588 empregos diretos e 82.457 indiretos no Rural. E, ainda, 17.320 diretos e 30.856 indiretos no Empresarial, totalizando 63.908 diretos e 113.313 indiretos ao longo de 2021.