A crise hídrica não será superada até o final deste ano segundo o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Segundo reportagem do jornal O Globo, Albuquerque afirmou também que o presidente Jair Bolsonaro foi notificado da situação energética do país em outubro de 2020 com representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da Eletrobrás.
“Evidentemente, nós não estamos preocupados só com 2021. Mas também com 2022, 2023, 2024. Porque os nossos reservatórios estão em níveis baixos e ficarão ainda mais baixos até o fim do ano. As coisas não vão se resolver em dezembro, muito menos em abril de 2022”, disse o ministro durante a entrevista.
Dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apontam que o nível das represas do Sudeste e Centro-Oeste seguirá diminuindo até dezembro, e podem fechar o ano com menos de 10% de água da capacidade total.
De acordo com o ministro, o mês de setembro será decisivo para avaliar o resultado das medidas tomadas pelo governo em agosto, como a criação da bandeira da escassez hídrica e as campanhas de diminuição do consumo, sobretudo em horários de pico. Novos reajustes na conta de luz podem voltar a ser considerados ainda este ano.
“Se a demanda não reduzir, ou se o programa de resposta da demanda não corresponder à expectativa de reduzir o consumo na ponta (pico), vamos ter que trabalhar na oferta, na ampliação da geração”, explicou.
(Matéria do Congresso em Foco)