Em discurso no Rio Grande do Sul, neste sábado (11). o presidente da República Jair Bolsonaro voltou a falar da sua participação nas manifestações de Sete de Setembro, preservando ainda o tom mais brando que que marcou a nota divulgada na semana passada na qual fala das discordâncias com o Supremo Tribunal Federal (STF). “No dia Sete de Setembro eu fui apenas um na multidão. Tive a oportunidade de usar a palavra por duas vezes, e senti o calor da nossa população. Senti os reais motivos pelas quais esse povo foi às ruas”, declarou.
Ao evitar novos confrontos com o Supremo, Bolsonaro lembrou que a corte analisa, neste momento, a tese do marco temporal, capaz de alterar as regras de demarcação de terras destinadas aos povos tradicionais. De acordo com ele, caso o resultado seja favorável aos indígenas, o agronegócio perderá terras equivalente ao território do estado gaúcho. “Se a proposta do ministro Fachin vingar, será proposto a demarcação de novas áreas indígenas que equivalem a um sudeste todo, ou seja: o fim do agronegócio, simplesmente isso, nada mais do que isso”.
Bolsonaro disse, ainda, que na gestão dele, a função do governo é “não atrapalhar” o setor do agronegócio. As falas foram proferidas na da feira de agropecuária Expointer, onde o presidente recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha
Ainda durante a cerimônia, o presidente voltou a se posicionar contra as medidas de restrição de circulação adotadas por governadores durante a pandemia e disse que foram cometidos erros, mas não pelo governo dele. “Algumas coisas foram feitas de forma equivocada, não pelo nosso governo, no tratamento da pandemia. Nunca apoiamos lockdown, medidas restritivas, medidas como toque de recolher, entre outros. A população tinha que trabalhar.”
(Nota do Congresso em Foco)