Em entrevista à CNN, o presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a decisão em atrasar a leitura do relatório final da Comissão, divulgada neste domingo (17), se deu para evitar dar brechas jurídicas para os possíveis indiciados. Segundo Aziz, por enquanto, só o relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), teve acesso ao relatório final.
“Fui alertado pelo senado Randolfe [Rodrigues, vice-presidente da CPi] por vários juristas que lido na terça e votado na quarta, poderia caber uma ação na justiça, através do Código penal. Muitas pessoas estão sendo indiciadas, e nesse sentido não teríamos tempo para a análise do relatório. Só quem tem conhecimento do relatório todo é o relator, ninguém mais tem”, afirmou Aziz.
Segundo o presidente da CPI da Pandemia, a nova programação é de que este relatório seja lido na próxima quarta-feira (20) e votado na terça-feira seguinte, dia 26 de outubro. O texto final teria mais de 1,2 mil páginas.
“Ninguém teve acesso ao relatório. Tem que ter uma tipificação: ‘genocídio, indicia esse por isso, isso e isso’. Nós precisamos ler o relatório para saber as causas que levaram ao indiciamento das pessoas. Não vou entrar no nome de A, B ou C não. São muitas pessoas indiciadas, tenho certeza que o senador Renan Calheiro embasa bem o relatório dele, que eu não tive acesso”, disse o senador.