A confusão começou depois que Frias curtiu a publicação de uma seguidora que citava a possibilidade de prisão de Abraham Weintraub. O irmão do ex-ministro da Educação não gostou e reagiu.
“Não há motivo para prisão do W [Abraham Weintraub]!! O inquérito em que ele estava foi arquivado, pois a lei de segurança nacional (que era base de acusações contra meu irmão) foi revogada. Abolitio criminis (não há qualquer possibilidade de atribuir crime a ele). Esse post é mais torcida ou desejo deles?”, escreveu Arthur Weintraub, em seu perfil no Twitter.
Abraham Weintraub e o seu irmão, Arthur, que é ex-assessor da Presidência da República, retornaram ao Brasil na semana passada depois de um período morando e trabalhando nos Estados Unidos.
Antes de deixar o Brasil, ainda no governo Bolsonaro, Weintraub protagonizou atritos com o STF (Supremo Tribunal Federal) e passou a ser investigado no âmbito do inquérito das fake news por disseminação de desinformação e ameaças aos ministros da Corte.
Pouco tempo depois da mensagem de Arthur, Mario Frias e Eduardo Bolsonaro reagiram, quase que simultaneamente, às acusações dos irmãos.
“Não entendi, Abraham e Arthur, por que estão chateados com uma curtida? Quantas vezes vocês deram aquela curtida marota em inúmeros perfis que chamam o presidente de frouxo, covarde e vendido para o sistema? Não gostaram da brincadeira de oposição sonsa?”, escreveu Mario Frias.
“Esta thread explica muito do que estava ocorrendo nos bastidores. Não se trata de dividir/unir a direita, mas separar o joio do trigo. Todo este tempo que nós engolíamos sapos na verdade era a chance para eles se corrigirem, mas nada foi feito. Então agora está aí tudo às claras”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
Na sequência, em tréplica, Abraham Weintraub respondeu somente a Frias e evitou confronto com Eduardo Bolsonaro. “As duas vezes que eu curti algo errado foi por engano. Retirei a curtida, imediatamente, assim que soube. Você, secretário indicado pelo governo, intencionalmente, manifesta apoio à minha prisão. Sempre te recebi bem e te amparei, quando eu era ministro e você estava por baixo.”