Fábio Escobar Cavalcante levou 3 tiros a queima roupa e morreu na noite de quarta-feira 23 de junho de 2021. Os disparos foram feitos por policiais militares, que prestaram serviço de pistolagem, em um dos mais emblemáticos assassinatos políticos dos últimas anos.
Além de Fábio, esses policiais assassinaram mais 7 pessoas para encobrir o crime, entre elas estava uma mulher grávida de 7 meses, ela e o bebê morreram.
O pai de Fábio Escobar, José Escobar, denunciou em várias entrevistas os policiais assassinos e comentou achar estranho as digitais da Casa militar do governo Caiado contra seu filho. Na época, o Coronel Edson Melo era o manda chuva da polícia e o caso não tinha sido descoberto ainda.
No dia 20 de setembro de 2023, dez policias foram presos e apontados como executores. O ex-presidente do DEM (UB) de Anápolis (GO), Cacai Toledo, foi denunciado como um dos mandantes, que teria arquitetado o crime por vingança, após Fábio Escobar, que tinha sido coordenador da campanha de Caiado em 2018 na cidade, romper com o governo e denunciar caixa 2 e corrupção no governo. Cacai está foragido desde novembro e não existe esforço do governo para capturá-lo.
Tudo é muito estranho neste caso. Para piorar, o policial militar Edson Melo, que foi visto com o suposto mandante, decidiu processar o José Escobar por denunciar o assassinato.
Edson chegou a gravar um vídeo covarde e agressivo contra José Escobar, dizendo que ao questionar a morte de seu filho e cobrar justiça, ele estava fazendo política.
Ao G24H, José Escobar respondeu: “os mesmos assassinos covardes que mataram meu filho querem agora, neste processo judicial vergonhoso, tomar minha aposentadoria. Na cabeça deles o Fábio errou ao levar os tiros e morrer. E quem está preso pelo crime? Gostaria muito de ver a explicação dele. Diga, Edson, porque o seu comando de divisas não procura o Cacai Toledo? Deus está comigo. E não adianta intimidar, me perseguir e ameaçar como o senhor tem feito. A justiça divina não falha”, disse.