O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está prestes a mandar Robinho, ex-jogador de futebol, para a cadeia. No dia 20 de março, a Corte Especial do STJ, composta pelos 15 ministros mais antigos do tribunal, decidirá se a sentença italiana que condenou Robinho a nove anos de prisão por estupro coletivo será homologada no Brasil.
Em 2013, Robinho foi acusado de participar de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália. A investigação, que contou com gravações de conversas entre Robinho e seus amigos comprovando a participação do ex-jogador no crime, resultou em sua condenação definitiva em janeiro de 2022 pela mais alta instância da Justiça italiana.
Com a homologação da sentença italiana pelo STJ, Robinho poderá ser preso no Brasil, mesmo sendo brasileiro nato. A defesa de Robinho tenta evitar a homologação alegando inconstitucionalidade, violação da soberania nacional e da ordem pública brasileira. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defende a homologação, argumentando que o pedido da Itália cumpriu todos os requisitos legais e que a transferência da pena para o Brasil respeita a vedação de extradição de brasileiros natos.