quarta-feira , 20 novembro 2024
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Tio Paulo morava em casa de um cômodo, sem janela, chão batido e cama de caixotes

Fato

  • Paulo Roberto Braga, o “Tio Paulo”, o idoso de 68 anos que foi levado morto na terça-feira (18), por uma suposta sobrinha, a uma agência bancária para fazer um empréstimo de R$ 17 mil, vivia em condições precárias de acordo com informações do jornal O Globo.

Moradia precária

  • Paulo Roberto vivia sozinho em um cômodo improvisado de cerca de 4 metros quadrados em uma garagem na Estrada do Engenho, em Bangu, Zona Oeste do Rio. O local, sem janela, armário ou qualquer conforto básico, apresentava condições precárias, com um colchão velho em cima de caixotes, chão batido, um vaso sanitário coberto por uma colcha e um buraco no chão servindo como única ventilação.

“Sobrinha” era desconhecida pelos vizinhos

  • Vizinhos relatam que o idoso era solitário, lutava contra o alcoolismo e enfrentava dificuldades financeiras, necessitando de doações da comunidade para se alimentar. Apesar de não serem frequentes, visitas de familiares eram notadas. Já Érika, que se apresentava como cuidadora de Paulo, era desconhecida na região.

O caso

  • Na terça-feira, dia do falecimento, Paulo foi visto em uma cadeira de rodas conduzida por Érika de Souza Nunes, que se dizia sua sobrinha. Imagens de câmeras de segurança da agência bancária mostram o idoso aparentemente sem vida no momento em que a mulher tenta fazê-lo assinar os documentos do empréstimo.
  • Diante das suspeitas, a polícia abriu investigação para apurar se houve maus-tratos por parte de Érika. O corpo de Paulo foi encaminhado ao IML de Campo Grande, onde a causa da morte foi atestada como broncoaspiração por engasgo com alimento. O laudo do IML também descreve Paulo como “caquético”, indicando um estado de fraqueza e debilidade física.
  • Paulo havia recebido alta hospitalar na segunda-feira (17), após uma semana internado em uma UPA em Bangu para tratar de pneumonia. No prontuário, consta que ele chegou à unidade com dificuldade de locomoção e fala, além de pressão baixa, necessitando de oxigênio durante a internação.

Foto: Luís Cesar Silva/O Globo

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