Fato
• Os corpos de três jovens ainda estavam quentes, após serem arrastados diversas vezes pelo chão da chácara onde foram mortos, enquanto o ex-comandante do Comando de Operações de Divisas mentia e se desmentia em uma entrevista a TV no dia 17 de fevereiro de 2023 na Grande Goiânia.
O caso
• O piloto Felipe Ramos Morais, o funcionário da empresa de voo panorâmico e auxiliar de mecânica, Nathan Moreira Cavalcante e o mecânico de aeronaves, Paulo Ricardo Pereira Bueno, foram assassinados durante uma abordagem policial do COD. Os militares afirmaram que os três eram traficantes internacionais e confrontaram com a polícia.
Contradições
• O ex-comandante do COD afirmou que recebeu uma denúncia anônima de um vizinho que estava preocupado com a movimentação de um helicóptero no local. Na mesma entrevista ele disse que a chácara era um dos principais pontos de distribuição de drogas do Estado e continuou: “nós sabemos que hoje ele (Felipe) tem um patrimônio estimado em torno de R$ 17 ou R$ 18 milhões de reais. Essas são as aeronaves identificadas, nós sabemos de outras aeronaves que ele possa estar utilizando em outros estado”, afirmou.
• Perguntas: se a denúncia foi anônima, como o COD investigou e levantou informações de que a chácara era local de distribuição de drogas? Como o ex-comandante descobriu que existiam aeronaves fora do Estado a serviço de um suposto tráfico comandado pelos 3 mortos? Onde estão os R$ 17 milhões do Felipe?
Não tem provas
• Mais de um ano depois, a Policia Civil e o Ministério Público concluíram que não foi encontrado nada que pudesse comprovar a versão do tráfico de drogas na chácara e que não puderam provar que os três mortos estavam traficando como afirmaram o policiais militares.
• Uma das aeronaves que estavam no local, foi arrematada 30 dias antes em um leilão e levada via transporte terrestre ao local para manutenção, pois estava estragada e não tinha condições de voar, o que também desmentiu o ex-comandante do COD.
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