Aniquilamento
• Na última sexta-feira (8) a justiça ouviu o depoimento do ex-chefe da Casa Militar do Palácio das Esmeraldas, coronel Newton Nery Castilho — testemunha-chave do caso Escobar. Sem rodeios o militar confirmou que foi procurado pelo primo do governador, Jorge Caiado, dono de grande influência no governo, sobretudo na área de Segurança Pública, e o ex-presidente do DEM (UB) de Anápolis (GO), Carlos César Toledo (Cacai), para ‘aniquilar’ Fábio Escobar.
Não sou jagunço
• Coronel Castilho contou sob juramento que Jorge, sem meias-palavras, o consultou sobre a possibilidade de matar o desafeto. Ele, por sua vez, respondeu que não era jagunço e que “estava secretário” para acabar com problemas no governo, não criá-los.
Jorjão e Cacai, novos ‘Gregórios’
• Ao advertir Cacai e Jorge, réus no caso como mandantes, Castilho ressaltou que não cabe ao governo sair matando adversários políticos e citou Gregório Fortunato, ex-chefe da guarda pessoal do presidente brasileiro Getúlio Vargas, também conhecido como “Anjo Negro”, devido ao seu porte físico e sua pele negra. Ele foi apontado como mandante da tentativa de assassinato do jornalista Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio. “Novos Gregórios Fortunatos”, disse Castilho.
Escobar
• Fábio Alves Escobar foi morto em Anápolis em 2021. Ele foi coordenador da campanha eleitoral de Caiado em 2018 e após a vitória nas urnas denunciou corrupção e caixa dois do grupo do governador na cidade. Desde então passou a ser ameaçado e por fim executado por pistoleiros que trabalhavam na PM, e emporcalharam o nome da instituição com o jaguncismo palaciano. Mais 8 pessoas foram assassinadas para encobrir o crime, entre as vítimas está uma grávida de 7 meses. O caso é absurdo!
Veja um trecho do depoimento;
Ver essa foto no Instagram