sábado , 16 novembro 2024
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Depoimento de coronel e relatório do telefone de  Cacai Toleldo provam que ele e Jorge Caiado circularam com ficha falsa sobre Fábio Escobar e o tráfico. Oito morreram para sustentar a versão

Uma peça do quebra-cabeça

• Em depoimento para a justiça, na sexta-feira (8), o ex-chefe da Casa Militar de Caiado, Coronel Newton Nery Castilho, informou que foi procurado por Cacai Toledo, ex-presidente do DEM de Anápolis (GO), e Jorge Caiado, primo do governador e influente na polícia, para “exterminar Fábio Escobar”, um dos coordenadores da campanha de Caiado em 2018. Ele contou que Cacai Toledo disse que Fábio Escobar era ligado ao tráfico de drogas, informação rechaçada na mesma hora, pois Castilho tinha sido Comandante da PM em Anápolis em 2018 e nunca ouviu essa história por lá.

Outra peça do quebra-cabeça

• Uma ficha falsa com essa informação mentirosa sobre Fábio Escobar foi criada dentro da Secretaria de Segurança Pública, conforme relatório da Polícia Civil com informações extraídas do celular de Cacai Toledo.

• A falsa ‘ficha criminal’ ligava Fábio Escobar ao tráfico de drogas e receptação de carros roubados. O documento foi distribuído para várias pessoas, entre elas a filha do governador, a advogada Anna Vitória Caiado. Jorge Caiado teria mandado também para Gracinha Caiado, mulher do governador, e policiais militares.

Mais uma peça do quebra-cabeça

• Para matarem Fábio Escobar, os pistoleiros e policiais roubaram o telefone celular de uma jovem grávida de 7 meses, Bruna Vitória, que era namorada de um traficante. Eles usaram o aparelho para atrair Fábio ao local da emboscada onde foi morto. A ideia era afirmar que Fábio tinha ligação com o namorado de Bruna, e logo também seria traficante. Mas na verdade, ele foi assassinado após romper com o governo Caiado e denunciar corrupção.

• Bruna Vitória Rabelo Tavares, de 19 anos, e seu bebê no útero, foram mortos pelos mesmos policiais, que para fortalecerem uma suposta briga por território do tráfico em torno de Fábio Escobar, mataram mais 7 pessoas, todos traficantes em Anápolis (GO). Por fim, uma testemunha, o pedreiro Lucas Costa Lopes Moreira, de 31 anos, morreu durante uma abordagem policial na zona rural de Niquelândia (GO) no último dia 28 de agosto.

Vídeo com depoimento;

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