Se valeu para Bolsonaro, tem que valer para Caiado
• Em junho de 2023, seis meses após a saída de Jair Bolsonaro (PL) do cargo de chefe do Executivo, o TSE julgou a ação movida pelo PDT contra a chapa Bolsonaro-Braga Netto devido a uma reunião junto a embaixadores estrangeiros em 2022, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
O abuso
• Em seu voto o ministro André Ramos Tavares disse: “é a ocorrência de um aproveitamento parasitário do dia da celebração pública e, consequentemente, um aproveitamento de boa parcela da estrutura estatal voltada à consecução das festividades para dar corpo e impulsionar o ato de campanha programado, não por acaso, para a mesma data das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil”.
• A ministra Cármen Lúcia disse: “A prova produzida era de deliberada confusão entre a função de presidente da República e os interesses particulares dos candidatos na chapa para presidente e vice-presidente”.
Caiado inelegível
• A juíza Maria Umbelina Zorzetti decidiu condenar Caiado (UB) por abuso de poder político e cassar o registro do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) e de sua vice, Cláudia Lira (Avante), além de torná-los inelegíveis por oito anos.
• Caiado, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, usou o Palácio do governo para promover um evento com vereadores eleitos e suplentes, e pediu apoio para o segundo turno das eleições.
• Se vale para Bolsonaro, tem que valer para Caiado, caso contrário podemos rasgar a lei e caminhar para a ditadura.