Denúncia
• O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou quatro policiais militares pelo assassinato de quatro jovens em abril de 2018, incluindo João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, que era considerado desaparecido até então.
• João Vitor foi levado de uma residência no Residencial Solar Bougainville, em Goiânia, até um matagal no Setor Forteville, onde foi executado com três tiros.
• Apesar das evidências, como chinelos, cápsulas de arma de fogo e a carcaça do celular encontrados no local, o corpo do adolescente nunca foi localizado. As informações são do jornal O Popular.
Chacina
• Além de João Vitor, foram mortos Matheus Henrique de Barros Melo (19), Marley Ferreira Nunes (17) e Divino Gustavo de Oliveira (19), que estavam jogando videogame na casa invadida pelos policiais.
• Os policiais alegaram que houve troca de tiros, mas laudos periciais não encontraram evidências para sustentar essa versão.
• Segundo o MP-GO, a execução de João Vitor teve o objetivo de impedir que ele testemunhasse sobre os assassinatos de seus amigos.
Envolvidos
• Os denunciados são o segundo tenente Fabrício Francisco da Costa, o terceiro sargento Thiago Antonio de Almeida, o cabo Eder de Sousa Bernardes e o soldado Cledson Valadares Silva Barbosa, todos do Batalhão de Choque.
• O MP-GO pediu o afastamento dos policiais de suas funções, destacando que alguns deles já estiveram envolvidos em outros casos de mortes durante abordagens.
Investigações e omissões
• A Polícia Civil tratou o caso inicialmente como desaparecimento e não avançou nas investigações por dois anos, levando o MP-GO a abrir um inquérito próprio em 2023.
• A denúncia, com cerca de 2,7 mil páginas, inclui relatos de testemunhas e provas que contradizem a versão apresentada pelos policiais.