No peito do desafinado
• A revista Veja trouxe nesta sexta-feira (11), uma reportagem explicativa sobre a desastrosa entrada do cantor sertanejo Gusttavo Lima na política, caso confirme mesmo uma pré-candidatura a presidência pela direita.
• O texto cai como uma bomba no peito do desafinado em política, Gusttavo Lima e depois são listados alguns obstáculos. Vamos a eles.
Jogos de azar
• O primeiro obstáculo será contornar os questionamentos sobre as várias confusões que permeiam sua carreira. No ano passado, o cantor chegou a ter a prisão preventiva decretada por envolvimento em envolvimento em suspeitas ligadas a site de apostas.
• A principal delas é que duas empresas suas, a Balada Eventos e a GSA Empreendimentos, tenham ocultado 49,4 milhões de reais em 2023 e 2024 oriundos das chamadas bets.
Na mira da justiça
• Deflagrada pela Polícia Civil pernambucana, a Operação Integration também investigou contratos de publicidade dos sites Vai de Bet e Esportes da Sorte com o cantor. Além disso, os donos das duas empresas compraram o mesmo avião de um dos CNPJs do cantor. Primeiro, uma firma de Darwin Henrique da Silva Filho, sócio da Esportes da Sorte, adquiriu a aeronave e devolveu dois meses depois. A justiça chegou a pedir a prisão dos sócios da Bet e do próprio Gusttavo Lima.
Raxadinhas
• As suspeitas contra Gusttavo Lima não param por aí. Há mais de dois anos, os contratos do músico com prefeituras de cidades do interior levantam suspeitas de superfaturamento e má administração do recursos público em ao menos sete estados brasileiros. Alguns processos foram encerrados, enquanto outros ainda estão em andamento.
• A maioria dos shows fica em torno de 1 milhão de reais, às vezes em cidades que têm menos de 10 000 habitantes. Em setembro de 2024, por exemplo, a prefeitura de Petrolândia (PE) contratou por 1,1 milhão de reais um show no mesmo dia em que ele teve a prisão decretada no caso das bets — com a repercussão negativa, foi cancelado.
• Meses antes, Icó (CE) tentou contratar o cantor com verba destinada à educação, que, por óbvio, não poderia ser remanejada para esse fim. Em outro show que entrou na mira do MP, em Magé (RJ), em 2022.