Denúncia
• O portal ICL, em reportagem publicada nesta quarta-feira (5), traz os detalhes sobre o pedido de federalização do caso Fábio Escobar, com a justificativa de que governo Caiado está agindo nos bastidores no Tribunal de Justiça para atrapalhar o andamento do processo.
O caso
• Fábio Escobar, ex-coordenador da campanha do governador Ronaldo Caiado (UB), foi assassinado em uma emboscada em Anápolis no dia 23 de junho de 2021. O crime ocorreu após ele denunciar casos de corrupção no governo e esquemas de caixa dois na campanha de Caiado.
• Três policiais militares estão presos como autores do crime, e um quarto, que seria o coordenador da ação, foi morto em um confronto com a Polícia Civil.
• O primo de Ronaldo Caiado, Jorge Caiado, é apontado como um dos mandantes do crime. O Ministério Público incluiu seu nome na lista de réus após depoimentos de coronéis da Polícia Militar. Dos denunciados foi o único que não foi preso.
Pedido de federalização
• Advogados, políticos e ativistas de direitos humanos pediram à presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Charlene da Silva Borges, que atue junto à Procuradoria-Geral da República para federalizar o caso, como ocorreu com o assassinato da vereadora Marielle Franco. Ajustificativa é que o Judiciário de Goiás está sob pressão do governo estadual, o que dificulta a investigação e o julgamento do caso.
• A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO) e o vereador de Goiânia Fabricio Rosa (PT) são alguns dos signatários do pedido. O advogado Valério Luiz é assistente de acusação do MP no caso.
• José Escobar, pai de Fábio, acredita que a federalização do caso é a única forma de garantir que todos os envolvidos sejam punidos.
Depoimentos reveladores
• O coronel Benito Franco, ex-comandante da ROTAM, afirmou que Jorge Caiado e Cacai Toledo, então diretor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás, procuraram-no com um dossiê sobre Fábio Escobar e sugeriram que a única solução seria “matando”.
• O coronel Newton Castilho, da Casa Militar, também relatou que Jorge Caiado o procurou, ao lado de Cacai, demonstrando a intenção de eliminar Fábio Escobar.