O rastro do dinheiro
• Uma reportagem rica em detalhes do jornal O Estado de S. Paulo mostra as movimentações bancárias rastreadas pelos federais na Operação Mafiusi – que investiga os elos do Primeiro Comando da Capital (PCC) com as máfias italiana e albanesa – confirmaram as revelações de um outro empresário, Marco José de Oliveira, o mais novo delator do PCC. O rastro deixado pelo dinheiro sujo leva a polícia aos lavadores dessa grana e é aí que aparece o nome do sertanejo Gusttavo Lima.
Sistema financeiro paralelo
• Nomes como o do pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, patrono da escola de samba Salgueiro, do Rio, e do cantor sertanejo Gusttavo Lima – cotado para sair candidato a vice do governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) na disputa à Presidência em 2026 – aparecem na lista de pessoas com transações financeiras que passaram pelo “sistema financeiro paralelo” do crime organizado, segundo relatórios da PF aos quais o Estadão teve acesso.
Revelações
• As informações de Marco Oliveira provocam abalos no PCC, assim como um outro delator, Antônio Vinícius Gritzbach – executado a tiros de fuzil, em novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo.
Gusttavo Lima
• A Polícia Federal encontrou transações de empresa de Gusttavo Lima com uma companhia suspeita de lavar dinheiro. A PF chegou ao nome da empresária Maribel Schmitz Golin. Entre 2020 e 2022, as movimentações bancárias dela e das empresas dela somaram R$ 1,426 bilhão.
• Em uma analise da PF sobre as origens e destinos das movimentações financeiras das 35 maiores pessoas jurídicas e físicas relacionadas às empresas de Maribel, está a empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções Ltda, que ocupa o 6º lugar na lista, com repasses no valor de R$ 57.507.526,12 milhões para a JBT Empreendimentos, uma das empresas de Maribel. As transferências começaram em 24 de junho de 2022.