Negócio nasceu errado
• A entrega do Complexo Serra Dourada à Construcap pelo governo Caiado (UB), com total participação e aval do vice-governador Daniel Vilela, já nasce com o forte cheiro de maracutaia.
• A conta não fecha: o governo estadual gastou R$ 14 milhões na reforma da iluminação do estádio e, logo depois, entregou todo o complexo à Construcap por apenas R$ 10 milhões.
• O resultado é um prejuízo imediato de R$ 4 milhões aos cofres públicos, escancarando a falta de zelo com o dinheiro do povo goiano e levantando suspeitas sobre o real interesse por trás da transação. Quando o governo investe mais em uma reforma do que arrecada com a venda do bem, é impossível não enxergar digitais de esquema sujo.
Dono da Construcap foi preso na Lava Jato
• Pior ainda é saber quem está por trás da empresa vencedora: Roberto Capobianco, dono da Construcap, preso na Lava Jato por envolvimento em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro.
• Estranhamente, a empresa manchada no cenário nacional foi a única participante do leilão de Caiado, vencendo sem concorrência.
Uma jogada manjada
• Daniel Vilela, à frente do grupo que coordenou a concessão, aplaudiu o acordo como se fosse um marco de gestão, quando, na realidade, parece mais um ato de desrespeito à moralidade pública e à inteligência da população.
• O Serra Dourada, que deveria ser motivo de orgulho e símbolo do esporte goiano, está sendo entregue de bandeja para uma empreiteira com ficha suja e histórico em esquemas de corrupção.
• A pressa, o prejuízo logo de cara, a ausência de licitação real… tudo indica que há coisa errada debaixo do tapete. O que está em jogo aqui não é só um estádio — é a dignidade da nossa história.
Cristiano Silva
Editor