• Saiu antes da explosão
A Câmara Municipal de Goiânia, enfim, livrou-se de um problemão: Kowalsky Ribeiro pediu demissão. O procurador-geral que sacou uma arma por vaga de estacionamento acumulava mais ocorrências que muito prontuário policial.
Nesta quinta-feira (8), o vereador Sargento Novandir (MDB) foi à tribuna e não economizou: disse que seu chefe de gabinete foi ameaçado, sim — e que Kowalsky tem no currículo nada menos que duas denúncias de estupro e mais de 20 brigas registradas, com calúnia e difamação.
Se isso é “perfil técnico”, imagina o que seria um procurador problemático.
• Cargo no Estado?
O agora ex-procurador era protegido direto de Romário Policarpo (PRD), o presidente da Câmara que, aliás, já tinha dado uma segunda chance ao pupilo após uma confusão com a própria vizinha, que terminou em gritaria, polícia e demissão — seguida de readmissão relâmpago.
Nos bastidores, circula que o vice-governador Daniel Vilela (MDB) estaria articulando um novo cargo para ele no governo estadual. Sai pela porta dos fundos, entra pela da frente. Em Goiás, escândalo não demite — promove.
• Vai tarde
Kowalsky é um desses personagens que sabem demais. Vive no entorno do poder como quem carrega segredos no bolso do paletó. Viaja com autoridades, como na comitiva de Caiado à Índia, na figura de “pajem” do Policarpo — até hoje sem explicação plausível para o passeio: o que foram fazer lá? Meditar? Comprar incenso? Trocar figurinhas? Ninguém sabe.
Mas uma coisa é certa: com a saída de cena, a Câmara ganha um pouco de paz, e talvez, um pouco menos de vergonha diante do escândalo.
Cristiano Silva
Editor