• Virou baixaria
Deputados estaduais Talles Barreto (UB) e Véter Martins (MDB) quase chegaram às vias de fato no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta terça-feira (13).
A discussão teve como estopim a articulação de bastidores para extinguir o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que causou divisão entre aliados do governador Ronaldo Caiado.
A origem do conflito entre Talles e Véter tem nome e sobrenome: Bruno Peixoto. Foi o presidente da Alego quem acendeu o pavio da crise ao declarar, em 29 de abril, que “trabalharemos diuturnamente para aprovar a extinção do TCM”, em tom de chantagem.
A fala, interpretada como ordem de cima para baixo, jogou os deputados da base aliada em rota de colisão, instaurando uma divisão pública e constrangedora no plenário.
• Ofensas trocadas
Durante a sessão, Talles partiu para cima de Véter, dizendo que ele estava “parecendo bobo”, enquanto o colega retrucava aos gritos: “apresenta o projeto”. A troca de farpas virou empurrões, contidos por servidores da Polícia Legislativa.
O bate-boca constrangedor obrigou o encerramento da sessão e expôs o racha no grupo governista.
• Pressão velada
O líder do governo, Talles Barreto, pressiona colegas para apoiar a possível PEC que acaba com o TCM.
A medida seria usada como instrumento de barganha, forçando o Tribunal a abrir vaga para conselheiro, com a aposentadoria forçada e antecipada de Valcenôr Braz, e enfim entregar o cargo almejado por Talles.
Véter se opõe à estratégia e quase foi agredido após sinalizar que poderia discursar contra a proposta.