Inusitado
• Um casal de Aparecida de Goiânia está disputando na Justiça a guarda de uma bebê reborn — boneca hiper-realista — que possui um perfil crescente em uma rede social. O caso veio à tona após vídeo publicado pela advogada Suzana Ferreira, especialista em direito digital, que atendeu uma das partes envolvidas.
Guarda
• A mulher que procurou a advogada considera a boneca parte de sua família e relatou que, mesmo após o fim do relacionamento, a outra parte insiste em manter o vínculo com a “criança” e com sua presença nas redes.
• Segundo Suzana, o perfil da bebê reborn tem ganhado visibilidade na internet e virou um ponto de disputa, já que ambos desejam controlar sua administração.
Internet
• O vídeo da advogada relatando o caso viralizou e ultrapassou 3 milhões de visualizações. Ela contou que recusou atuar na parte da guarda, por não haver base legal para regulamentar a tutela de um objeto.
• Contudo, se prontificou a ajudar na mediação da administração do perfil digital da boneca, considerando a relevância e legitimidade do debate dentro do direito digital.
Custos e repercussão
• Ainda foi solicitada a divisão dos custos relacionados à compra da boneca e seu enxoval. A advogada encerrou o relato refletindo sobre como o Judiciário lidará com esse tipo de demanda no futuro.
Fenômeno reborn
• Bebês reborn são bonecas que imitam recém-nascidos, feitas com silicone ou vinil, e podem custar até R$ 9 mil. O tema se tornou popular nas redes sociais, com apoio de celebridades como Xuxa, Gracyanne Barbosa e Nicole Bahls.
• A popularização gerou polêmicas: críticos alegam desequilíbrio emocional entre os “pais de reborn”, enquanto defensores argumentam que a prática tem valor terapêutico e colecionável.