A Secretaria de Gestão e Planejamento está formando patrulhas que vão aparecer de surpresa nos órgãos públicos estaduais para verificar se os servidores – tanto efetivos quanto comissionados – estão mesmo cumprindo seus respectivos expedientes de trabalho.
A medida faz parte do pacote de medidas que está sendo implantado para buscar a redução da folha de pagamento do Estado, hoje em torno de impensáveis 72% do total da arrecadação estadual.
Uma dessas medidas é a demissão de 25% do total de comissionados, através de listas que já foram encaminhadas à Secretaria de Assuntos Estratégicos, comandada por Luiz Alberto Cunha, o Bambu. A qualquer momento, o Diário Oficial estampará um ou mais “decretões”, com a relação dos demitidos.
Parte expressiva do primeiro escalão do Governo do Estado é contra as demissões, sob a alegação de que a agenda eleitoral para 2014 já teria começado e que a economia a ser alcançada na folha de pagamento seria irrisória diante dos desgastes para a imagem do governador. Outras ações que incomodam o funcionalismo também são condenadas, como a patrulhas de fiscalização do expediente e a instalação de câmeras para vigiar o comparecimento dos servidores, monitorando as imagens de quem bate o ponto digital em tempo real.
Há polêmica dentro do Governo sobre quem seria o autor da idéia de demitir 25% dos comissionados que foram nomeados no início da atual gestão de Marconi Perillo. Alguns atribuem a idéia a Giuseppe Vecci, titular da Segplan, outros a Jayme Rincón, presidente da Agetop.