Em 2012, logo após ser derrotado pelo atual prefeito Jardel Sebba, do PSDB, o peemedebista Adib Elias foi considerado como um cadáver político, em Catalão.
Pesquisas mostravam que Jardel começava o seu mandato com quase 80% de aprovação e que Adib, para a maioria dos catalanos, não passava de uma página virada.
Quase 4 anos depois, a história se inverteu. Ocorreu em Catalão o que se pode chamar de ressurreição política: Adib recuperou o prestígio, venceu uma eleição para deputado estadual com 3 vezes mais votos que o filho de Jardel, Gustavo Sebba, e se transformou em uma alternativa irresistível para a próxima eleição no município.
Essa reviravolta criou uma forte perspectiva de poder para o peeemedebista e, como efeito colateral, acabou implodindo a base do prefeito tucano. Na semana passada, 4 partidos – Rede, PT, PCdoB e PSB – romperam a aliança (esdrúxula, como no caso do PT e do PCdoB) com o PSDB em Catalão e lançaram a candidatura do professor universitário Marcelo Mendonça (da Rede), que até há pouco tempo ocupava a Secretaria do Meio-Ambiente da Prefeitura.
Com forte inserção entre os segmentos jovem e universitário de Catalão – cidade que tem quase 4 mil alunos em faculdades locais –, Marcelo Mendonça atropela Jardel Sebba com facilidade e pode ameaçar inclusive o favoritismo de Adib Elias. Ou seja: o quadro eleitoral de uma das principais cidades do interior goiano, do ponto de vista político, está mudando.
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