Três Organizações Sociais (OSs) que administram sete hospitais públicos de Goiás (Agir, Gerir e Nossa Senhora de Lourdes) cometeram fraudes trabalhistas que superam o valor de R$ 8 milhões. É o que descobriu auditoria realizada pelo Ministério do Trabalho no Estado. A informação foi divulgada em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira.
Os R$ 8 milhões referem-se apenas ao valor da contribuição para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos últimos cinco anos, e que não foi recolhido. Uma destas OSs tem passivo trabalhista de R$ 6 milhões provenientes de 169 reclamações.
A auditoria também constatou que há médicos que, em teoria, realizam jornadas de trabalho contínuas de até 60 horas (será que eles ficam no hospital durante este tempo todo?) em UTIs e centros cirúrgicos. Há também médicos que recebem sem vínculo de trabalho.
Além disso, os auditores descobriram que houve quarteirização da mão de obra médica para empresas de fachada e contratação de profissionais sem processo seletivo transparente. Foram lavrados 23 autora de infração por fraude em contratos de trabalho e jornadas excessivas.