segunda-feira , 22 julho 2024
Goiânia

Crise da Saúde municipal não tem fim. Iris e Fátima Mrué acham que está tudo bem, mas 70 médicos devem pedir demissão da Prefeitura

A edição online do Jornal Opção informa no finam deste tarde que cerca de 70 médicos estudam pedir demissão da Prefeitura, alegando falta de pagamentos, e condições e trabalho.

É a crise da Saúde municipal cada vez mais grave. Mas Iris e Fátima Mrué acham que está tudo bem.

Mas não está, de maneira alguma.

Leia a nota do Jornal Opção:

Sem receber, médicos pedem demissão e crise na Saúde de Goiânia se amplia

A crise instalada na Saúde de Goiânia não só parece estar longe de ter fim, como também deve piorar a partir dos próximos dias. Isso porque médicos credenciados à rede municipal têm optado por descontinuar os contratos com a gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB). Conforme apurado, ao menos dez profissionais já teriam resolvido aderir à debandada. Um médico ouvido pela reportagem diz que o número é maior e já atinge mais de 70 profissionais.

Um dos principais motivos apontados pela categoria é a falta de pagamento por parte da secretaria. Os salários referentes ao mês de setembro, com vencimento no último dia 31 de outubro, ainda não teriam sido efetuados pela administração e os profissionais não estariam dispostos a tolerar qualquer tipo de atraso.

As péssimas condições de trabalho vivenciadas nas unidades de saúde do município também fazem parte das reivindicações dos médicos. “Quem tem a mínima condição está saindo, porque não suporta a falta de medicação e de condições mínimas de trabalho. Pacientes estão morrendo nas nossas mãos e a gente não pode fazer nada”, desabafou à reportagem um dos médicos credenciados à rede, que preferiu reduzir a carga horária pela metade, deixando de atender em uma das unidades de saúde onde trabalhava.

Além dos atrasos salariais recorrentes e das condições de trabalho, recentes visitas, sem aviso prévio, de vereadores da capital a unidades de saúde teriam acirrado os ânimos e contribuído para os pedidos de exoneração. Desde a última semana, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada na Câmara de Goiânia para investigar problemas na saúde pública da capital tem frequentado centros de saúde para fiscalizar o atendimento à população.

Alvo de visita surpresa da CEI na última semana, o Ciams Novo Horizonte é uma das unidades que mais deve sofrer com a baixa de profissionais. A urgência da unidade foi reaberta recentemente para suprir a demanda do Ciams do Jardim América, fechado para reforma pela gestão Iris. No local, os vereadores constataram a ausência de três médicos escalados para o plantão de emergência e vários pacientes sem atendimento.

Segundo relatou à reportagem um dos médicos que prestavam atendimento no Ciams Novo Horizonte, a unidade, na teoria, funciona com escala diária de seis médicos, sendo que três atendem durante o dia e três no período noturno.

Até onde se sabe, ao menos cinco médicos já teriam desistido de trabalhar na unidade, que, conforme constatado por vereadores, já enfrenta situação caótica.

O Jornal Opção enviou à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) uma série de questionamentos quanto à debandada dos médicos credenciados e demais questões abordadas pela reportagem, mas, até a publicação desta matéria, não houve retorno por parte da pasta.

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