É muito estranha a história contada por Carlos Roberto Valadão, dono da oficina mecânica Útil Pneus Peças e Serviços, à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal que investiga irregularidades na Saúde pública em Goiânia.
Carlos prestou serviço à prefeitura da Capital entre 2011 e junho de 2017 e há suspeitas que superfaturamento no contrato.
Ele disse que foi obrigado a dar desconto de 65% no preço cobrado, por pressão do município. Mas, ao mesmo tempo, diz que só usava peças originais – como previsto no edital -, que custam muito mais caro.
O vereador Elias Vaz (PSB) perguntou como a conta fechava. Carlos disse que comprava peças originais no mercado paralelo.
Peças originais no paralelo? Esta é nova, amigo leitor do blog.
Neste mesmo depoimento, Carlos Roberto disse que recebeu visita de brutamontes que o ameaçaram de morte se contasse verdades à CEI, no ano passado.
A prefeitura de Goiânia pagou à Útil Pneus, Peças e Serviços Ltda., entre 2012 e 2016, R$13.745.469,05, uma média de quase R$40 mil por veículo.
Apenas a manutenção de um Renault Master 2010 custou ao município o valor de R$89.977,72, entre março de 2015 e setembro de 2016. O mesmo veículo está parado há dois meses, com motor fundido.
