Maior revelação da política em Goiás nos últimos tempos, o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti, voltou aos holofotes da cenário político ao admitir à coluna Giro de O Popular sua filiação ao MDB. Insatisfeito com o PSDB, seu partido atual, Vitti vinha dizendo que deixaria o ninho tucano por discordar do processo de tomada das decisões na legenda. “Nunca me senti acolhido pelo partido”, assinalou por diversas vezes
A expectativa era de que ele fosse para o DEM, ao qual já havia pertencido, devido à aproximação com o governador eleito Ronaldo Caiado, por ocasião da busca pelo consenso com os empresários na votação do projeto de consolidação dos incentivos fiscais.
Esta expectativa, no entanto, frustrou-se com as declarações de Vitti de que teria sido rifado por Caiado, que dizia a ele iria aproveitá-lo no secretariado do futuro governo, depois que a questão dos incentivos fiscais foi resolvida. “Ou ele me usou na Assembleia ou me queimaram”, sublinhou.
Agora, o presidente do Legislativo surpreende ao anunciar que pode se filiar ao MDB, revelando que recebeu convite do prefeito emedebista de Catalão, Adib Elias, líder da dissidência que apoiou Caiado para governador.
Se for mesmo para o MDB, Vitti quer atuar para debelar o racha hoje existente e unificar as forças políticas da agremiação. Ele disse que vai conversar sobre o assunto com o presidente do MDB estadual, Daniel Vilela, de quem é amigo e recebeu sinal positivo para o seu ingresso no partido.
Vitti tem projeto de disputar a prefeitura de Goiânia em 2020.