terça-feira , 26 novembro 2024
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Discurso e prática: 15 dias após afirmar que polícias não são de partidos, Caiado segue permitindo festival de perseguições na PM

Há um enorme abismo entre o discurso e a prática políticas no governo Ronaldo Caiado, em todas as áreas. Exatos 15 depois de afirmar, em resposta a questionamento feito pelo deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), que “não existe polícia política ou partidária” em Goiás, o governador segue permitindo o festival de perseguições na Polícia Militar.

A afirmação foi feita na visita desastrosa de Caiado à Assembleia Legislativa, no dia 22 de janeiro. Ao responder à denúncia feita por Gustavo Sebba de que há perseguição política no comando regional da Polícia Militar em Catalão, o governador saiu com essa: “Não conhecia os coronéis”.

Falha gravíssima do governador, obviamente, porque a escolha dos comandantes das corporações e suas respectivas unidades requer justamente o contrário: conhecimento profundo das práticas e condutas internas, para evitar que os conflitos prejudiquem o andamento do trabalho de enfrentamento à violência – afinal de contas, a missão principal e verdadeira das forças de segurança.

Não é o que está ocorrendo. Hoje mesmo, conforme antecipou o G24Horas, o comandante da Academia de Polícia Militar, Karison Sobrinho, foi destituído do cargo sob a alegação de que fez críticas ao calote de Caiado nos salários de dezembro em redes sociais e grupos de WhatsApp. Se isso não for perseguição política pura e simples, o que seria?

https://youtu.be/A70PKXxtGx4