A reportagem do jornal O Popular deste sábado (9/2) sobre a proposta de reestruturação administrativa da Câmara de Goiânia manipula dados e está cheia de erros e contradições. A manchete da matéria assinada pelo jornalista Marcos Nunes Carreiro é uma baita barrigada: ela reduz o número de servidores efetivos do Legislativo da capital para inflar a proporção com os comissionados.
O repórter afirma que os dados foram coletados no Portal da Transparência da Câmara, mas lá está muito claro: o Poder tem 150 servidores efetivos em seu quadro próprio, e não os 82 citados apresentados na matéria. Portanto, a correlação entre sevidores permanentes e sem vínculo é de 2,9 e não os 5,5 apresentados na “reportagem”. Um horror.
Para confirmar sua tese moralista, mas sem embasamento, o Popular também apresenta estagiários como funcionários. Um absurdo completo, porque tanto no poder público como na iniciativa privada, os contratos de aprendizes não têm qualquer vínculo com o quadro de pessoal, e a legislação vigente afirma que a despesa com eles não pode se considerada gasto com folha salarial.
A pressa para publicar matéria fabricada pelos editores de política resulta em texto mal feito, que desmoraliza a apuração do jornal.