Sigmund Freud, o pai da teoria da Psicanálise, dizia que a narrativa dos indivíduos sobre suas experiências de vida é muito mais fascinante por aquilo que oculta do que pelo que afirma. Ele certamente se deleitaria com a verborragia do governador Ronaldo Caiado (DEM), que disse em suas redes sociais:
“40 dias no governo de Goiás e não paro de descobrir talentos entre os servidores públicos. A equipe do Instituto Mauro Borges deu show na elaboração do Indicador Goiano de Pobreza Multidimensional, que apresentaremos esta semana. Meu muito obrigado ao empenho de todos.”
O preconceito e arrogância de Caiado transbordam da frase construída para fazer média com os servidores no aniversário de 30 dias do calote de dezembro, exatamente hoje (9/2), e da investida sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para reduzir jornadas de trabalho e cortar salários.
Colocada diante do espelho, a frase de Caiado revela seu narcisismo. No ato falho, ela oculta a percepção do governador de que incompetência é mato e profissionalismo é exceção.