A Operação Fatura Final deflagrada na manhã desta quinta-feira, 21, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás que investiga a atuação de uma organização criminosa que atuava no Instituto de Assistência a Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) e resultou na prisão de seis pessoas, tem entre os envolvidos uma advogada suspeita de ser laranja de uma clínica de fachada.
Luiza Ribeiro era laranja de Carlos Bahia, ex-diretor do Imas, em uma clínica de fachada localizada na rua 9, no Setor Marista, em Goiânia. O contrato no valor de R$ 10 milhões foi celebrado em outubro de 2017 e tinha validade de cinco anos.
O esquema funcionava assim: os atendimentos eram registrados no Imas e a coparticipação dos usuários eram zeradas. Dessa forma, nenhum valor era descontado do servidor o que impossibilitava a descoberta da fraude.
Entre os absurdos registrados há, por exemplo, casos de crianças que supostamente teriam sido atendidas por geriatras, pacientes que teriam realizado várias consultas em um único dia e até o registro de exames em pessoas falecidas.
O promotor Fernando Cesconetto relatou o caso de uma senhora diagnosticada com câncer que teve um pedido de exame negado pelo Imas e precisou provar que não tinha realizado o procedimento registrado no sistema há poucos dias. Esse foi um dos casos que levaram à descoberta da fraude. Outros casos foram denunciados por próprios funcionarios do instituto.
O Jornal Opção entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás (OAB-GO) que ainda não se pronunciou sobre o assunto.
(Texto Jornal Opção)