A gestão do prefeito Paulo do Vale está sendo muito contestada em Rio Verde. Com o município mergulhado no caos administrativo e financeiro, ele até ganhou na cidade o apelido de Paulo Depressão, tamanho é o baixo astral que impera na prefeitura.
Tudo conspira para anabolizar a fama de incompetente que o prefeito construiu nos dois primeiros anos de mandato. Buracos por toda a parte da cidade. Recapeamento feito com massa asfáltica Sorinsal. UTI do Hospital Municipal Universitário contaminada com bactéria multirresistente. Atraso de três meses do pagamento do estagiários da prefeitura. E por aí vai.
Paulo do Vale também até agora não cumpriu as promessas de campanha, especialmente a construção de 4 mil casas. Aumentou a taxa de iluminação pública. Não valorizou os companheiros de primeira hora e acabou expulso por traição pelo Conselho de Ética do MDB.
De quebra, ainda foi desprezado pelo governador Ronaldo Caiado, que, apesar do apoio na campanha, ignorou Rio Verde na composição do secretariado e não abriu espaço algum para o prefeito no governo. A principal cidade do Sudoeste de Goiás está sendo tratada a pão e água por Caiado.
E para coroar a fase negativa que amarga com cara de poucos amigos, Paulo do Vale teve que assistir a ascensão do deputado Lissauer Vieira (PSB), seu desafeto político, ao comando o segundo posto mais importante do estado, a presidência da Assembleia Legislativa. Para o desespero do prefeito, Caiado hoje estende tapete vermelho para Lissauer no Palácio das Esmeraldas.
Resumo da ópera: por fazer uma gestão desastrada, governar sozinho e não delegar poder, a ponto de proibir entrevistas de secretários e servidores da prefeitura para somente ele brilhar à luz dos holofotes, Paulo do Vale perdeu o bonde e caiu no isolamento político.
Agora, o pior se desenha: ele caminha para um final de mandato melancólico como político de um só mandato que todo mundo quer ver pelas costas.