Veja matéria do Correio Braziliense sobre a enchente do rio Vermelho:
“Mais conhecida como Goiás Velho, a Cidade Goiás voltou a temer uma enchente. O Rio Vermelho, que corta o centro histórico, transbordou na noite de sábado (23), em função de fortes chuvas. Ele passou sobre pontes de madeira e ameaçou invadir casarões centenários, como que serviu de moradia à poetisa Cora Coralina (1889-1985), transformada em museu, à beira do Rio Vermelho.
O ponto de maior preocupação foi próximo ao Hospital São Pedro, outra construção centenária. Distante 310km de Brasília, Goiás Velho teve o centro histórico tombado pela Unesco por ser considerado Patrimônio da Humanidade.
A chuva, que começou por volta das 23h de sábado, terminou às 2h deste domingo (24). Apesar do susto, não houve dano ao patrimônio nem registro de pessoas ilhadas ou em situação de risco, segundo o Corpo de Bombeiros de Goiás. No entanto, a corporação informou haver possibilidade de nova enchente, com as chuvas desta noite.
Danos irrecuperáveis em 2002
Na virada de 2001 para 2002, Goiás Velho sofreu perdas irreparáveis de construções e objetos centenários com o temporal que caiu por dois dias. O grande volume de água fez transbordar o Rio Vermelho, que corta a cidade, e atingiu todas as construções ribeirinhas, entre elas a casa de Cora Coralina. O muro da residência foi derrubado e a edificação foi invadida pela correnteza, que levou com ela objetos e anotações pessoais insubstituíveis da poetisa.
A cidade havia recebido o título de Patrimônio da Humanidade em dezembro, menos de um mês antes da inundação.”