Em entrevista de duas páginas no jornal O Popular, com o título “O que você chama de poder?”, a primeira-dama Gracinha Caiado desfia um rosário de vaidade, ego inchadíssimo, dissimulação e futilidades.
Ela diz, por exemplo, que não gosta de fotografia, mas, em caminho contrário, publica fotos em ritmo frenético nas redes sociais, inclusive expondo a sua vida pessoal como nenhuma outra primeira-dama ousou.
“Não gosto de fotos. Prefiro tirar fotos dos outros e não aparecer”, diz ela, justo ela, a primeira-dama que não perde a oportunidade de divulgar fotos em pula-pula ou dançando samba na sacada do Palácio Conde dos Arcos, na Cidade de Goiás.
A baiana de 60 anos tenta passar a impressão que não é a manda-chuva do governo e sim uma facilitadora, mas passa o tempo todo da entrevista dando ordens no Palácio das Esmeraldas e fazendo justamente o contrário do que diz.
Gracinha afirma que não exerce o poder de forma vaidosa, que não queria que ser primeira-dama e que precisou se adaptar à visibilidade, mas não é isso que se tem visto de sua ações.
Também não admite que tem intenção política, mas o próprio repórter nota o contrário: ela quer sim atuar na política, tanto que ela controla nomeações de cargos distribuídos a deputados e dá palpites nas composições do governo.
Um primeira-dama espalhafatosa: este é que deveria ser o título da entrevista morna que O Popular publica neste domingo (5)com Gracinha Caiado.
Enfim, a rainha da cocada baiana quer mandar em Goiás.