O Conselho Municipal de Saúde fez uma visita técnica ao Hospital Municipal de Goiatuba (SUS) e constatou uma série de graves irregularidades na unidade.
Logo na entrada do hospital, foram encontrados pedaços de algodão com sangue espalhados pelo chão e no pátio. Já nas enfermarias, foram encontradas as cadeiras quebradas e sem encosto. Nos consultórios médicos, tomadas descobertas com risco de curto circuito. Nos banheiros vitrôs quebrados, portas arrancadas e sem fechadura, quartos sem lâmpadas, infiltração nas paredes, dentre outros problemas.
O lixo hospitalar também foi vistoriado e encontrada parte do material hospitalar descartado espalhado no chão com acesso à rua.
A alimentação com dieta livre também foi questionada pelo presidente do Conselho de Saúde, Ailton Américo, ao diretor do HM, Alberto Tassara.
Durante esta visita, o Conselho de Saúde questionou, ainda, a presença do coordenador de enfermagem Alberto Júnior, filho do secretário de administração da Prefeitura, que cursa Medicina na Unicerrado, em período integral. Mas, o diretor Alberto Tassara disse que sempre o encontra no trabalho. Entretanto, não soube explicar os horários específicos, o que causou certo espanto aos conselheiros.
Durante a visita, houve reclamação do diretor do Hospital Alberto Tassara, sobre a falta de comunicação prévia da vistoria dos conselheiros, mas foi esclarecido pelos conselheiros que é necessário, uma vez que o Conselho tem autonomia para atuar a qualquer hora e qualquer momento.
Para o conselheiro Cássio Castilho, a falta de higiene adequada pode comprometer a saúde pública, especialmente na questão do lixo hospitalar. “Os pedaços de algodão infectados de sangue e jogados na rua podem contaminar as pessoas”, assinalou.