A jornalista Cileide Alves bate bumbo e passa a integrar a desafinada banda de música do governador Ronaldo Caiado (DEM). Esta é conclusão que se tira do artigo que assina na edição deste domingo (2) do jornal O Popular.
Ao criticar o que ela classifica de “olho gordo” da Assembleia Legislativa, que nada mais é do que a exigência do repasse integral do duodécimo em cumprimento das constituições estadual e federal, Cileide faz vistas grossas e não questiona os gastos do Executivo e dos demais poderes.
Por que a jornalista não critica o Estado, que não faz a parte dele e se nega a corta despesas supérfluas, especialmente com a nomeação de milhares de comissionados no balcão dos conchavos políticos?
Por que, por exemplo, a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, não começa pelo enxugamento da própria pasta que dirige, cortando as gratificações milionárias pagas aos assessores forasteiros que importou para a sua equipe?
Por que o governador não proíbe os banquetes, bailes e festas no palácio? Ou mesmo pare de fazer viagens para a sua fazenda utilizando o helicóptero do governo?
E mais: por que só a Assembleia tem de abrir mão do sua autonomia financeira e pagar a conta sozinha? E os outros poderes? Por que não cortar na carne do Tribunal de Justiça, dos tribunais de contas e do Ministério Público, hoje muito melhor instalados e mais estruturados do que o Legislativo?