Mais um duro golpe na oposição foi dado com a notícia de que o deputado estadual Simeyzon Silveira (PSC) retirou assinaturas dos requerimentos que pediam abertura de CPIs na Assembleia.
A informação veio à público um dia depois que Paulo Cezar Martins (PMDB) fez a mesma confissão aos colegas de bancada do partido.
Simeyzon, candidato derrotado a prefeito em 2012, causou profunda irritação ao deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) e ao ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (sem partido). Juntos, os três planejavam construir um eixo alternativo para disputar o governo do Estado em 2014.
Planejavam. Não planejam mais. O grupo ruiu, desmoronou. Pelo menos em sua formação inicial.
Caiado, que ontem atacou Paulo Cezar Martins pelo ato de deserção, adotou a mesma postura hoje. Disse que Simeyzon “decepciona uma geração de jovens”.
O parlamentar do DEM disse que tentou falar com Simeyzon por telefone quando soube da “traição”. Não conseguiu. Deixou recado na secretária eletrônica.
Pelo Twitter, o ataque veio aos cântaros:
“Tentei falar com @Simeyzon, por telefone, mas não fui atendido. Deixei um recado com a minha posição. O deputado @simeyzon decepcionou a oposição e envergonhou a Assembleia e os goianos ao fazer parte de um jogo deplorável. A atitude de @Simeyzon é incompatível com o cargo. Não reconheço e não apoio. @Simeyzon decepciona sua geração de jovens. @Simeyzon não tem condições de participar de qualquer projeto. E se o PSC se considera oposição, no mínimo, tem que expulsá-lo.Político tem que assumir suas posições, não fazer jogo duplo nem se esconder. @Simeyzon enterrou sua carreira política.@Simeyzon e Paulo Cesar Martins sujaram a instituição Assembleia. E o presidente Valin deveria ter se pronunciado. Fato triste para Goiás”.
Vanderlan teria dito por telefone a Caiado que também não vai perdoar Simeyzon.
Não se sabe, no entanto, se o PSC terá culhões para expulsar o único político de relativa expressão do partido.
Simeyzon submergiu. Ainda não apareceu para entrevistas.
O processo de desmoralização da oposição parece não ter fim. É uma notícia negativa atrás da outra.